Aranhas

Aranhas

As aranhas habitam praticamente todas as regiões do planeta, incluindo uma espécie aquática. Muitas espécies vivem próximas, e até mesmo dentro de habitações humanas, favorecendo a ocorrência de acidentes. Atualmente são conhecidas cerca de 35 mil espécies em todo o mundo. O veneno produzido por duas glândulas situadas na região das quelíceras pode ser utilizado na captura de presas e como defesa. Poucas espécies podem causar acidentes com envenenamento humano importante. Apenas cerca de 20 a 30 espécies são consideradas perigosas ao homem.

 

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Filo: Arthropoda                                                           Classe: Arachnida                                                   Ordem: Araneae

 

Descrição e biologia
Todas as espécies produzem veneno, que é indispensável para caça e digestão do alimento, assim, são carnívoras, se alimentam de insetos e pequenos invertebrados. Algumas espécies de caranguejeiras da Amazônia são capazes de predar roedores e pequenos pássaros. O corpo é dividido em cefalotórax (ou prossoma) e abdome (ou opistossoma).
Na região frontal do cefalotórax existe um par de palpos semelhante às pernas, porém menores com função sensorial e de manipulação do alimento; um par de quelíceras que carregam os ferrões utilizados para inoculação do veneno, quatro pares de pernas e não possui antenas. Podem possuir até oito olhos simples, porém esse número varia de acordo com a espécie.

Ciclo de vida

A reprodução das aranhas é sexuada. Apresentam dimorfismo sexual e presença de bulbo copulador localizado nas extremidades dos pedipalpos nos machos. O acasalamento ocorre com o macho introduzindo o bulbo copulador contendo esperma na abertura genital da fêmea. Após o acasalamento, o conteúdo espermático fica armazenado numa estrutura denominada espermateca. Os ovos são fertilizados no momento da postura e ficam armazenados numa espécie de bolsa elaborada com fios de seda, denominada ooteca.
A fêmea permanece junto à ooteca até o momento da eclosão. Em muitas espécies, após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem no dorso da mãe até sofrerem a primeira ecdise. As aranhas sofrem ecdises durante seu desenvolvimento até chegarem à maturidade. Algumas fêmeas de caranguejeiras sofrem ecdise anualmente, mesmo depois de adultas. O tempo de vida varia com a espécie podendo viver meses a anos.
Principais Espécies e Danos Causados

Os danos provocados pelos acidentes com aranhas geralmente não são graves. Os casos mais graves são provocados pelas aranhas marrom em locais como: pilhas de tijolos, telhas, beira de barrancos; nas residências, atrás de móveis, cortinas e eventualmente nas roupas. No Brasil ocorrem quatro tipos principais de aranhas venenosas, classificadas de acordo com o interesse médico. Esses tipos requerem tratamento em forma de soroterapia em casos de acidentes. Há ainda dois tipos que não representam tanto perigo ao homem: as aranhas de teia e as caranguejeiras.

Principais Espécies

 

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Aranha Caranguejeira – (várias espécies):

frequentemente temida por causa da aparência e tamanho, muitas vezes chagando a atingir 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura. No Brasil não são conhecidas espécies responsáveis por envenenamento humano. As picadas costumam provocar apenas dor de pequena intensidade e de curta duração. Possuem outro mecanismo de defesa, inclusive mais frequentemente utilizado, que consiste em atritar vigorosamente as pernas traseiras no abdome, espalhando uma nuvem de pelos com ação irritante em direção ao inimigo. Os pelos podem causar alergias com manifestações cutâneas ou problemas nas vias respiratórias.

 

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Aranha Armadeira – (Phoneutria nigriventer):

Possui coloração marrom, com pares de manchas ao longo da parte dorsal do abdome e oito olhos em três fileiras: 2:4:2, 4 a 5 cm de corpo, podendo atingir até 12 cm. Vive em bananeiras, sob troncos caídos, bem como próximo e dentro das moradias. É a mais agressiva. Não faz teia e assume posição de defesa quando se sente ameaçada. Seu ataque é feroz, com várias picadas seguidas e injetando veneno em cada uma delas.

 

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Aranha de Jardim ou Tarântula – (Lycosa erythrognatha):

Frequentemente encontrada em todo o Brasil. O corpo chega a 5 cm de envergadura. Possui coloração acinzentada com mancha negra em forma de seta no dorso do abdome. Seu veneno é pouco potente. Possui hábitos diurnos, vivendo muito próximo a residências, em jardins, áreas gramadas, pastos e próximo a piscinas.

 

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Viúva Negra – (Latrodectus curacaviensis):

Conhecida como flamenguinha e aranha de barriga vermelha. Possui coloração preta com faixas vermelhas no abdome. As fêmeas (com cerca de 1cm) são bem menores que os machos. Apresentam oito olhos em duas filas: 4:4. Constroi teias sob vegetação rasteira, arbustos e barrancos e, muitas vezes, pode se encontrar aglomerados dessas aranhas, porém cada uma vive em sua própria teia. Geralmente, seu veneno é extremamente potente. A espécie brasileira não oferece perigo aos seres humanos, tanto que, para este tipo de acidente, não se produz soro no Brasil.

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Aranha Marrom – (Loxosceles spp.):

Possui cefalotórax mais achatado. De tamanho pequeno, não ultrapassa 2,5 cm de envergadura. Sua coloração é castanha e apresenta poucos pelos. Seu hábito é noturno e é muito comum dentro de residências, escondendo-se atrás de quadros, móveis e no meio de roupas usadas. Não faz teia, mas forra seu abrigo com um tapete pegajoso de seda. As aranhas marrons são muito conhecidas por serem causadoras dos piores envenenamentos. Seu veneno atinge as células sanguíneas, destruindo tecidos e provocando necrose. Por seu veneno ser anestésico, a pessoa não sente sua picada e procura assistência médica somente quando os sintomas estão mais avançados.

Prevenção

Manter jardins e quintais limpos;
Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas ;
Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas; manter a grama sempre bem aparada;
Vistoriar roupas e calçados antes de vesti-los;
Utilizar calçados e luvas de raspa de couro para evitar acidentes quando for caminhar ou manusear algo no mato, em entulhos, folhas secas e material de construção.
Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas que servem de alimento.

Método de Controle

Pode ser feita uma pulverização ao redor da casa, principalmente nos beirais de telhado, depósitos, forros, porões, e outros locais que possam oferecer abrigo, além do tratamento espacial nos jardins. O produto adequado promove sua mortalidade imediata, com efeito residual. Muitas vezes são repelentes.
A utilização do MIP é recomendada para melhores resultados.

Informações Adicionais

Em caso de acidente, procurar atendimento médico e não realizar procedimentos caseiros. O soro é distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde a Hospitais e Postos de Atendimento em todo o país. O Hospital Vital Brasil, no Instituto Butantã, realiza plantão de 24 horas, incluindo finais de semana e feriados.

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