Escorpiões
Existem registros científicos da existência dos escorpiões há mais de 400 milhões de anos. Atualmente, já estão catalogadas cerca de 1600 espécies e subespécies, distribuídas em 116 gêneros diferentes em todo o mundo. Foram os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre. Das espécies conhecidas, apenas 25 podem causar acidentes com óbitos. Os escorpiões são animais invertebrados terrestres, carnívoros e de hábitos noturnos. Procuram locais quentes, úmidos e escuros para se abrigarem. Em regiões urbanas são encontrados facilmente atrás de vasos sanitários, junto a roupas, atrás de batentes de portas, tacos soltos, dentro de sapatos, sob pedras e entulhos etc.
Filo: Arthropoda Classe: Arachnida Ordem: Scorpiones
Descrição e biologia
O corpo está dividido em duas partes: cefalotórax e abdome e possuem 4 pares de pernas. O órgão inoculador de veneno é chamado de télson. Seus pedipalpos são longos e modificados apresentando uma pinça na extremidade, semelhante às pinças dos caranguejos.
São estruturas de defesa e captura de alimento. Sua alimentação é baseada em insetos invertebrados como cupins, grilos, baratas, moscas e aranhas. Seu tamanho pode variar de 12 mm até 21 cm de comprimento, de acordo com a espécie.
Ciclo de vida
Chegam à maturidade em 1 a 3 anos, com período de vida de 2 a 6 anos (sendo 8 anos o maior tempo já registrado). A reprodução dos escorpiões amarelos se dá por partenogênese, para isso, basta que a fêmea encontre calor e alimento. Desta forma, só existem fêmeas dessa espécie e sua multiplicação ocorre muito mais facilmente.
Quanto aos escorpiões pretos ou marrons, a fecundação é cruzada. O número de filhotes varia de 15 a 25 de acordo com a espécie e, após o parto, os filhotes se alojam no dorso da mãe, ali permanecendo por cerca de uma semana até sofrerem a primeira ecdise, então se dispersam, começando vida independente.
Principais Espécies e Danos Causados
Os danos estão relacionados a acidentes com as picadas, sendo que o escorpião amarelo é o responsável pelos acidentes mais graves. Essas picadas são muito doloridas e podem provocar diversos sintomas, sendo letais em alguns casos, principalmente em crianças abaixo de 7 anos.
Principais Espécies
No Brasil os escorpiões de importância médica pertencem ao gênero Tityus. Este gênero é foco nas empresas controladoras de pragas.
Escorpião Amarelo – Tityus serrulatus:
De 5 a 7 cm de comprimento, coloração amarelada, pernas e palpos sem manchas, cefalotórax e abdome escuros. Possui uma serrilha no 4º segmento da cauda e a presença de espinho no télson. É o mais venenoso e mais frequentemente encontrado na região Sudeste, sendo o Paraná, Bahia e sul de Goiás os locais com maior incidência.
Escorpião preto ou marrom – Tityus bahiensis:
De 5 a 7 cm de comprimento, coloração marrom avermelhado, cefalotórax e abdome mais escuros e sem manchas. Apêndices mais claros com manchas na mesma cor do corpo. É encontrado da Bahia ao norte da Argentina, Mato Grosso do Sul e Paraguai.
Prevenção
Em locais onde há infestações, manter camas afastadas das paredes (cerca de 10 cm);
Manter o local livre de insetos que sirvam de alimentos aos escorpiões, como baratas e, em caso de infestações, fazer o controle dos mesmos;
Manter sempre limpas as áreas próximas à residência, deixando livre de entulhos, lixo e restos de materiais de construção;
Manter ralos bem fechados;
Sempre examinar roupas e sapatos, sacudindo-os antes de utilizá-los;
Vedar frestas e buracos que possam servir de abrigo;
Colocar telas protetoras em portas e janelas;
Usar sempre calçados e luvas protetoras em atividades rurais e jardinagem;
Em áreas rurais, se possível, criar aves que são predadoras de escorpiões.
Método de Controle
O controle pode ser realizado usando a técnica de pulverização direta e no perímetro da área infestada, nos pontos de abrigo, passagem e alimentação do escorpião, de preferência utilizando um produto de bom poder residual.
A utilização do MIP é recomendada para melhores resultados.